...depois da 14ª rotunda, saia na segunda gaivota à direita...
Quando circulo pela estrada no quase-meu automóvel, não deixo de reparar na quantidade de pessoas que utilizam o telemóvel enquanto conduzem.
Dediquei ponderado tempo no porquê de tão virtuosa audácia, debrucei-me incansavelmente sobre este assunto e exerci uma considerável e profunda meditação.
Após alguns desacordos de esperar no início, consegui o aguardado consenso entre as hipóteses 2 e 3.
As outras amuaram e desde então, não nos falamos...a não ser para jogar à sardinha, ao estala-enerva e ao pisa.
Hipótese 2 - As pessoas que vejo a conduzir com o telemóvel encostado ao pavilhão auricular, estão a seguir as indicações da senhora com voz de veludo do GPS.
Pelo menos, eu quero acreditar que seja isso, porque afinal, é proibido por lei conduzir e falar ao telemóvel ao mesmo tempo!
Hipótese 3 - Aliada à hipótese anterior, é bem provável, poder ser o preço do "kit" mãos-livres.
Compra-se um telemóvel com GPS e fica-se sem dinheiro para comprar um "kit".
É totalmente compreensível.
Chega até a ser compensatório pagar uma multa que chega aos 300€, que comprar o almejado acessório.
Eu não tenho uma coisa, nem outra.
Os meus amigos começam a duvidar do meu status e a colocar-me à parte.
Tudo porque já viram que não atendo o telemóvel quando vou a conduzir e isso são fortes indícios de não ter GPS.
...(eu só tenho um mapa desdobrável de Portugal)...
Outra coisa que me faz tanta impressão como ver o sortido de cores das entranhas de um moscardo no pára-brisas do carro, é o deficiente sentido de oportunidade de Pedro Santana Lopes.
Este pepino-do-mar, faz-me sempre lembrar a história do homem que vai para o Pólo Norte , com o intuito de vender gelo...e insiste no mesmo logo a seguir, em mais uma incursão à Antárctica!