04 de Agosto de 2009

...a dor, a adrenalina, o exercício...

 

Meus "pequenos gafanhotos", hoje vamos dissecar quanto baste, a vossa paciência.

 

O "feng shui" aconselha a que, no quarto, nunca se coloque a cama de modo a que a pessoa quando se deita, fique de costas voltadas para a porta e de cabeça virada para Norte.

Tudo isto para que a energia do nosso corpo, se mantenha em equilíbrio.

Isto tudo para dizer o quê?

Ora na Idade das Cavernas, o homem primitivo não praticava o "feng shui".

Isso é por demais evidente, se tivermos em conta que sempre que um destes trogloditas era capturado por um Tigre Dentes-de-Sabre, agigantavam-se injúrias e apontavam-no com comentários pejorativos como é o caso do "ainda ontem lhe tinha dito para parar de dormir de costas voltadas para a entrada da caverna!", ou "estás a arranjar lenha para te queimares, se continuas a brincar com o divino!", ou ainda "onde é que está o Casimiro!??".

 

A vida na Pré-História, não era propriamente um mar de rosas. Como o próprio nome indica, foi antes de seja o que for.

Antes inclusive, de haver horários, stress, depressão, ansiolíticos e suicídios...

Não se passava nada, os dias eram iguais a muitos outros. O ócio era a única ocupação.

Foi então que surgiram os Pterodáctilos que faziam com que o Homem das Cavernas andasse e por vezes, corresse mais rápido.

Não costumavam privar muito e não há qualquer documentação, que prove que frequentavam locais comuns, mas foi desta forma que acabou por nascer do caos, o stress de querer chegar rápido onde quer que fosse.

Sub-repticiamente, a vida começou a tornar-se mais agitada e a ter mais ritmo. Depois apareceu o Filipe La Féria e a partir daí, é só apanharem o fio à meada.

 

Não podia deixar passar esta oportunidade sem que não fizesse uma menção ao fantástico subsídio que o Estado Português vai disponibilizar doravante.

Os movimentos e partidos nacionais, podem contar com uma "dádiva" de 4,5 milhões de €uros a dividir por todos, para ser gasto em campanhas eleitorais.

Eu acho muito bem!

É uma maquiavélica forma de apertar o cerco a quem desvia fundos dos partidos e aceita contributos financeiros de empresas privadas.

 

Gostava de ser amigo de quem toma estas decisões. É sempre reconfortante, ter a certeza que o dinheiro dos contribuintes está a ser tão bem empregue, como ter uma conta poupança no BPP, ou a ser injectado no BPN.

 

Já agora (convergindo para a lógica destas ideias sublimes), gostava de contribuir com uma proposta de lei.

Por que não colocar no cárcere, o delator do indivíduo que é apanhado a furtar em flagrante delito, tendo o delator de pagar uma indemnização por ofensa ao bom nome do prevaricador?

escrito por centrodasmarradas às 22:44 linque da crónica
04 de Agosto de 2009

...(suspiro)...o desejado tempo quente...

 

Não há dúvidas.

E se as houver, guardem-nas para vocês.

 

Sempre que seco uma gaivota no microondas, vem-me à ideia a imagem de um clássico Verão bem quentinho e aconchegante.

Esta é a estação do ano que mais gosto e mais anseio, em qualquer dia gélido e curto de Inverno.

E a culpe é nossa! Nós portugueses temos a culpa!

Toda esta pluviosidade anormal, esta estação estar como está!

 

Parem um bocado para pensar, tal como fazem quando estão à espera de vez no banco para renegociar o vosso plafond, ou quando estão a "exorcizar o demónio" sentados na casa de banho.

Vejamos, então:

Somos pobres, mas somos felizes.

Somos pessimistas por natureza.

São cada vez mais os presidentes de câmara, corruptos ou alegadamente corruptos, que são eleitos e que ridicularizam a justiça (e ela gosta!).

É raro vermos um crime de colarinho branco, que tenha uma pena coerente.

Temos três ou quatro cd's do Michael Jackson nos primeiros lugares do top nacional.

O Tony Carreira plagia músicas mexicanas e francesas, enquanto o filho plagia videoclips...

 

Ora se tudo isto existe, se tudo isto é triste, não é de admirar que até a estação do ano mais quente, colorida e eufórica que é, quando vê estes e outros exemplos, se sinta deprimida assim que chega ao nosso país.

 

Uma rubrica que é sempre muito louvável, reverenciada neste espaço de escrita e que é constantemente aclamada pela crítica, é o "até arrepia!".

Desta vez, fazemos jus a um caso algo sensível.

Dois irmãos separados em pequenos, criados por famílias diferentes e que nunca tiveram algum contacto, acabaram por ganhar notoriedade na mesma forma de fazer política.

Falo-vos, claro está, de Alberto João Jardim e Hugo Chávez.

As semelhanças falam por si só.

 

Assim sendo e sendo assim, apesar disso e disso até, quando saírem, fechem a porta à chave por dentro. Não se esqueçam de ir pela sombra das divisões, nem que para isso tenham de escalar paredes.

Se insectos e aracnídeos conseguem, quem são vocês para dizer que não podem!?

Bebam muitos líquidos e não comam muitos doces entre refeições.

À excepção disso, façam o que vos der na real gana, desde que não se magoem ou haja sangue vosso derramado.

escrito por centrodasmarradas às 01:23 linque da crónica
04 de Agosto de 2009

...os calções e os joelhos esmurrados...

 

Hoje, depois de uma hora a saltar à corda com os meus Pinguins de Magalhães, resolvi contar-lhes uma história juvenil para os adormecer.

Mas como não compro revistas sociais, tive de recorrer ao que estava mais ao meu alcance, ou seja, a arte e o engenho da criatividade.

 

Ora tenham a fineza de se sentarem confortavelmente numa dessas almofadas fofas que vos estão mais próximas e disponham-se à volta do tronco secular de Carvalho em que me sento e descanso.

 

"Era uma vez, uma realidade paralela encantada, muito próxima da nossa superficial realidade.

Tudo aconteceu há muito, muito tempo atrás, no tempo em que os animais ainda pagavam, para terem o David Attenborough silenciado com uma mordaça.

E todos viviam felizes e em harmonia.

E tudo era parecido com um paraíso fiscal.

Não havia fiscalização alguma, nem segredo de justiça e era permitido a todos desviar o que quer que fosse, incluindo desviar pobrezinhos.

Quem fosse apanhado a monopolizar funções, era ovacionado e levado em ombros para tomar posse de uma câmara municipal qualquer ou coisa que o valha.

O transporte mais utilizado para quem queria viajar por terra, era indubitavelmente o "carjacking".

E ninguém se sentia prejudicado.

E ninguém ficava traumatizado.

Tudo porque era já considerado mais como uma tradição, do que como uma causalidade.

As companhias aéreas de transporte de passageiros, serviam bebidas espirituosas aos seus clientes por conta da companhia e à discrição.

E a aeronave não levantava vôo, sem que todos os passageiros estivessem ébrios, histericamente felizes e a conviver socialmente como se não houvesse amanhã.

Caso a aeronave, por uma ou outra razão anómala, deixasse de funcionar, as máscaras não continham oxigénio mas sim, óxido nitroso.

Nesta realidade paralela encantada não existia frio, logo, a taxa de desemprego dos ursos polares era muito elevada.

Contudo, viviam também felizes e em harmonia por poderem continuar a usufruir do seu pêlo, pois as empresas que fomentavam a caça furtiva e a manufactura de casacos, estavam por demais ocupadas em reintegrar os seus colaboradores numa acção de formação de animadores socio-educativos para campos de férias.

Quem pensasse sequer em não lavar as mãos com sabonete após tossir ou espirrar, transformava-se logo por magia numa estátua de sal, que era posteriormente usada como centro de mesa nos restaurantes de hotéis, na época das cimeiras.

 

E tudo era belo e harmonioso nesta realidade paralela encantada.

E, por si só, tudo era entediante..."

escrito por centrodasmarradas às 00:32 linque da crónica
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