...bicho ruim, não morde...
Meus fiéis, sejam bem-vindos a mais um espectáculo onde é reservado o direito de admissão àqueles que trazem soutien vestido na cabeça.
Da mesma maneira que um convidado televisivo fica a fazer figura de urso em frente ás câmaras, no espaço de tempo em que ouve a opinião de um telespectador, assim acontece com o telespectador que na sua televisão sem som, assiste incrédulo à figura inerte que olha para a câmara sem pronunciar quaisquer movimentos labiais ou gesticular orientações...
Outra martelada em dedo alheio, é a bacoca expressão "gritar palavras de ordem".
- O Sindicato dos Furtadores de Coisas que Aparecem Misteriosamente na Pasta e o Sindicato dos Furtadores de Coisas que Aparecem Misteriosamente no Bolso, marcharam avenida abaixo, gritando palavras de ordem para a polícia.
Mas afinal, não é suposto ser só a autoridade a gritar palavras de ordem!?
Quem foi a primeira pessoa a utilizar isto!? Deve ter sido com a melhor das intenções, sem dúvida. Mas os que se seguiram na utilização desta expressão, espalharam-se ao comprido intencionalmente, num drama verbal só compreendido por um burro cujo zurrar, é composto por duas notas musicais tão distintas e tão opostas, contudo sofríveis.
Por falar nisso e em jeito de nota meditativo-creativa, um burro deve sentir-se angustiado ao observar uma ave canora e ter plena consciência, que as suas notas musicais deixam algo a desejar.
Há concerteza por aí um burro ou outro que se enche de coragem e, à desgarrada, tenta impressionar um rouxinol e no momento em que o pássaro lhe dá a deixa, este animal solta um estridente, sonoro e onomatopeico "hiii-óóóó!"...
Voltando a malhar novamente no dedo, há que arrepiar caminho, acicatar as mentes a buscar novas e sensatas expressões. Expressões com que as pessoas realmente se identifiquem.
Deixo aqui uma bastante sugestiva:
- O Sindicato dos Furtadores de Coisas que Aparecem Misteriosamente na Pasta e o Sindicato de Furtadores de Coisas que Aparecem Misteriosamente no Bolso, marcharam avenida abaixo gritando palavras que compõem êxitos da música ligeira portuguesa, como por exemplo "Sobe, sobe, balão, sobe" da Manuela Bravo, "Zumba na caneca" da Tonicha, ou até mesmo "Leva-me ao cinema" da Gabriela Chaves.
Fecho a braguilha com um pensamento religioso.
Se os árbitros lusos não vêem qualquer problema quanto à profissionalização da arbitragem...qual a razão de tanta demora e impasse?...
Volto brevemente com mais um alguidar de água quente com sal para molhar o pé de atleta.