30 de Novembro de 2009

...deitar cedo e cedo erguer, dá trabalho e faz doer...

 

Eu devo confessar que sou a favor da canja.

Não há nada melhor para curar resfriados e futuros resfriados...até mesmo resfriados psicológicos.

Mas não é isto que quero dissertar quando estou num aviário de cutelo em riste, enquanto concedo o perdão a frango sim, frango não...

 

Serão mesmo as vacas alvos de estudos por parte de extraterrestres?

Para além da nossa natureza violenta e destrutiva, qual razão justificará o afastamento sistemático destes outros seres do universo?

Porque razão, pontualmente e após o repasto, levo o prato para outra divisão da casa que não a cozinha!?

 

Para esclarecer estas dúvidas e responder sobre o que usar vestido durante uma tempestade tropical, tenho comigo uma vaca leiteira que jura a patas juntas ter sido levada por extraterrestres.

Vou proceder a uma entrevista, sem deixar de sentir no entanto que, ou eu ou a vaca precisamos de ajuda profissional.

 

-...isto é estranho...Olá sra. Vaca.

- Olhe, em primeiro lugar sra. Vaca é a sra. sua mãe que não tem culpa nenhuma e devo dizer até que nutro uma grande admiração por ela. O meu nome é Evaristo Listo e sou Touro...

- Um touro!? Mas segundo o...

- Deixe-me acabar, homem! Sou Touro de signo. Julgava ser uma vaca leiteira antes do rapto, mas agora sou um boi.

- Ah! Portanto, foram os extraterrestres que lhe fizeram isso?

- Isso o quê!?

- A transformação! A mudança de sexo!

- Não! Eles é que descobriram aquando do rapto! Com esse acontecimento marcante, compreendi que havia algo em mim que não estava bem...

- E o que era?

- O facto de não ter tetas.

-...estou chocado...

- Também eles ficaram quando deram pela falha! Queriam uma vaca e sai-lhes eu na rifa...no prado, melhor dizendo. E graças a eles, tenho uma nova maneira de ver a vida.

- Quer dizer, um novo propósito na vida?

- Não. É literalmente uma nova maneira de ver a vida. Aquando da descida para o prado, a 2,5 metros do solo, o feixe de teletransporte enfraqueceu e eu caí de cabeça. Agora turva-se-me um pouco a visão...

- Estou a ver. Bom, "voltando à vaca fria", sr. Evaristo...

- Perdão!? Considero isso ofensivo!

- Não foi com o intuito de o ofender! Repare, é uma forma de expressão e que, neste caso, significa voltar ao assunto que estávamos a falar, entende?

- Vou dar-lhe o benefício da dúvida. Embora fique algo apreensivo...

- Adiante, como foi o contacto com a forma de vida alienígena? Foi a primeira vez?

- Foi a primeira vez e foi bastante rápido. Basicamente tratou-se de "tragam a vaca!", "isto não é uma vaca!", "ups! erro!", "mandem o boi de volta!".

- Então nada de luzes fortes?

- Não.

- Marquesa esterilizada e instrumentos de metal cortantes!?

- Não.

- Exames e recolhas de tecidos!?

- Receio que não.

- Implantes de transmissores-receptores subcutâneos!?

- Nada.

- E os extraterrestres?

- Abriram-me os olhos! É como lhe digo!

Quer dizer, aquela queda turvou-me literalmente o campo de visão, mas...

- Mas já é um boi.

- Exactamente!

- Bom, parece que já tenho informação suficiente.

- Espere aí, fique mais um bocadito. Coma uma porção de feno. Não se acanhe!

- Olhe, até sou capaz de aceitar porque já não como nada desde ontem ao final da tarde. E depois, tive de passar toda a noite a martelar o tejadilho do carro que ficou misteriosamente danificado...parece que alguém se sentou em cima.

- Ou caiu...

- Pois...

escrito por centrodasmarradas às 15:47 linque da crónica
26 de Novembro de 2009

...comprar gado por lebre...

 

Bem vindos à 236º Largada de Impropérios Entre Individualidades!

Como é do conhecimento geral, primo sempre por apresentar as mais recentes individualidades da alta sociedade e pontuo de forma generosa, os impropérios mais elaborados e mais imaginativos.

Nesta Largada secular, só se aceita a presença da aristocracia mais requintada e que não ceda facilmente ao rubor. O nível de bom tom é privilegiado e a utilização de verbalização ordinária, é o bastante para a desclassificação automática.

Vamos à selecção não tarda nada, mas primeiro, uma rápida incursão atrás do sobreiro que sobranceia a igreja, graças ao vinho tinto servido no arraial, junto ao coreto.

...(música de elevador estilo bossa-nova, "Garota de Ipanema" em instrumental)...

Ora como prometido, durante a pausa os impropérios foram ponderados e seleccionados por mim e, aguardo agora a divulgação.

Tempo agora para um finíssimo compasso de espera, muito bem elaborado pela minha pessoa...

E aí estão os resultados!

 

O grande vencedor este ano é o Impropério:

"Quando Vossa progenitora deixou a vida fácil, gestou durante doze não habituais meses para trazer ao mundo Sua Senhoria, que revelou logo de início e para espanto de toda a vara, uma grande diversidade genética simiesca".

 

Em segundo lugar, o também brilhante:

"Tivera Seu progenitor um controlo mais digno e próprio da raça humana, aquando da relação animalesca efectuada com a parte pseudo-materna que Vos trouxe ao mundo, não teria saído do útero tamanho desastre biológico".

 

Por último mas não menos genial, em terceiro lugar:

"Havia de Sua mãe estar apeada à beira da via pública, a fim de conseguir o sustento do numeroso porcino agregado familiar".

 

Menção Magnificente para o Impropério:

"Seria concerteza um deleite para Vossa Senhoria, se lhe administrassem um volumoso órgão sexual paquidérmico, no orifício que lhe foi destinado para as Suas necessidades fisiológicas de carácter sólido".

 

Menção Fraquinha para o impropério:

"Vá deslocar-se para junto da mulher de vida fácil que o colocou no mundo".

 

Como é apanágio da alta sociedade, não é de todo de nível aceitável, conceder entrevistas no exterior do seu espaço domiciliário.

Ora como é conhecido por parte dos meus fiéis, sou notado por ser aplaudido de pé por surpreender pela positiva quando pretendo atingir um objectivo. Para isso, decidi montar no largo que fica paredes-meias com a barraca de porco-no-espeto, uma divisão toda ela digna dos entrevistados:

Um Tapete de Arraiolos 5m por 5m inspirado em motivos greco-romanos, uma escrivaninha do séc. XVIII, uma chaise longue Luís XV, um presépio de mesa do séc. XVI com pormenores dourados, uma parede forrada a papel bordeaux com cornucópias e um espelho de tamanho 1,7m por 1m emoldurado numa muito bem conservada madeira de mogno, talhada cuidadosamente pelo Mestre Chico Pescador.

Infelizmente, mesmo assim, nenhuma individualidade se dignou a comparecer ao convite por mim lançado, preferindo a barraca de porco-no-espeto...que falta de chá...

escrito por centrodasmarradas às 14:10 linque da crónica
24 de Novembro de 2009

...meter a coice, em ceara alheia...

 

Antes de mais, deixem que vos diga uma coisa. Eu tenho amigos e se eles apoiam a introdução de um compartimento secreto, para guardar documentação sensível nas suas próprias casas de banho, eu dou-lhes todo o meu apoio e não tenho vergonha de o afirmar!

 

Tão louca como a despedida de solteiro de José Saramago, é a razão pela qual me encontro nu a correr aos gritos por uma rua movimentada, perseguido por dois agentes num carro descaracterizado, dois rafeiros de tamanhos diferentes, três peixeiras e um bacalhau seco voador.

Já não se pode aproveitar quando uma conduta rebenta para tomar um banhinho de graça, já vem tudo e todos dizer que é uma badalhoquice, que é incorrecto e que é um atentado ao pudor!

Fosse eu um dirigente desportivo, presidente camarário ou um director geral de uma empresa do Estado, até sabonete líquido vinham trazer-me! Essa é que é essa! Os falsos!

 

Há ingratos em todo o lado. Tenham como exemplo o provérbio oriental bastante utilizado por quem é sovina ou pretende que os que se encontram em seu redor, a interpretem como uma pessoa sábia:

"não providencies o peixe, ensina a pescar".

Pois, é muito bonito, tem rendilhados e um fogo de artifício estrondoso. Mas experimentem encontrar um arrumador de carros (mitrus mitra), e ao saírem do carro, dêem-lhe antes um panfleto da linha S.O.S. ao invés da habitual moeda de 50 cêntimos.

No regresso, quando chegarem ao pé do carro, vão desejar ter ido à pesca. É bem feita para não se armarem em altruístas!

 

Enquanto tentava tirar de uma vaca as manchas que julgava serem de preto encardido, lembrei-me da lenga-lenga do trabalho infantil, deitar cedinho, comer verduras, não falar com padres estranhos, etc.

No que diz respeito ao esforço herculiano que um adulto tem de ter, para conseguir levantar-se já cansado nas Segundas Feiras de manhã, a TVI fomenta o cuidado de preparar os infantes de forma sub-reptícia, para uma experiência futura deveras pertinente. Eu acho louvável...

 

Já de seguida, o sorteio de quem vai ser obrigado a fazer de olhos vendados, toda a linha fronteiriça da Palestina com Israel.

Estando o sorteio feito, lavem bem o espaço entre divisões e tudo para a caminha da vizinha aquecer os pés.

escrito por centrodasmarradas às 23:55 linque da crónica
21 de Novembro de 2009

...depois da tempestade, vem o "bonanza"...

 

Sem surpresa nenhuma, vejo-me defronte ao meu bidon inundado por este tempo.

Mas daí até chegar a ter o cartão molhado, foi só uma turra de gato doméstico, ou seja, vi-me obrigado a refugiar-me numa gruta de rocha calcária muito acolhedora, pitoresca e com aquele ar saturado a fazer lembrar os vestiários de educação física com cheiro a meia de desporto.

 

Mas a verdadeira razão para a qual estou aqui a perder tempo, reside (e disse bem!), reside na falta de oportunismo expressa por todos os que não vêem o mesmo que eu vejo.

Há um grande potencial nas grutas, que ainda não foi agarrado por alguém que ache boa ideia investir capital.

É que é do melhor que há! Venha quem vier!

Recorrendo ao clássico lançamento da colmeia para o interior da gruta, de todos os eremitas que, com sucesso, consegui expulsar do interior para recolher vantagens deste estilo de vida, dois em três disseram coisas inarráveis, enquanto a minoria surpreendeu pela positiva, porque eu nunca tinha visto in loco, uma pessoa a ter um choque anafilático.

O que interessa para o meu estudo é que ele falou...falou enquanto pôde...

As grutas resistem muito mais a sismos, ás águas de inundação escoam por processo natural e não deixam para trás prejuízo. Não é preciso restaurar nada porque o aspecto rústico fica bem e podemos sempre dizer que foi um tio-avô (ao qual estávamos completamente alheios), que nos deixou em herança...é, no mínimo, de nível.

 

Tão incorrecto como dar um pontapé na bengala em que um idoso se apoia, é ver como se escreve "febre suína" em inglês.

Numa reportagem da RTP1, num laboratório estrangeiro onde técnicos procediam a uma análise séria de colheitas, em primeiro plano aparece uma base com amostras. Nessa base, a marcador preto, estava desenhado a cabeça de um porco (em estilo naífe), e a palavra flu...

Eu imagino a complexidade que é deixar bem explícito o que se encontra naquelas amostras, mas um laboratório chegar ao ponto de recorrer ao sistema de aprendizagem da Dora, convenhamos, acho desnecessário.

Por outro lado, pode ser um problema normal de escrita:

- Ouve lá, porco escreve-se com "o" ou com "u" no final!?

- Uuui, deixa-me pensar...

- Deixa estar, desenho uma cabeça de porco! Acho que todos vão perceber.

 

E tão versátil como um polibain se torna para tomar um banho de espuma, José Troufa Real mostrou que não há impossíveis quando se usa da destreza, imparcialidade e uma pitada de loucura, na projecção de um monumento religioso.

Misturou o estilo duvidoso com o estilo "Jasuus!" e conseguiu para o parco orçamento de 3 milhões de euros, a fusão entre um farol e um minarete de uma mesquita, uma fruteira e uma banheira, o dourado e uma folha de cartolina A3 vermelho sangue de boi.

Eu pergunto, se Deus é para estar em todo o lado, onde está Ele quando é necessário embargar de forma divina, uma obra no Restelo!?...

escrito por centrodasmarradas às 13:43 linque da crónica
17 de Novembro de 2009

...quem premeia ventos, colhe tempestades...

 

Acho que se pudesse ser um animal, queria ser um gato.

Tenho todas as qualificações para isso - por exemplo, asma. Logo, o incómodo das bolas de pêlo não constituiria um problema...

 

Depois de desabafo e porque hoje faz exactamente um ano que foi dia 17 de Novembro, vamos até à margem e atracar o nosso alguidar.

Num dilúvio como este, a fazer lembrar o fluxo de publicidade natalícia televisiva a brinquedos, cheguei a uma solução estonteante para pessoas que passam a vida a dizer que não têm tempo nenhum para nada.

Estão prontos?

...(rufar de tambor)...

Tornarem-se sonâmbulas!

Passar a ferro, regar as plantas, passear o cão, tomar banho, toda uma infinidade de opções que se podem deixar para o período de sono.

 

Entretanto e porque o caudal do rio já chega ás meias, outra coisa tão patética como o responsável pela pasta da tradução de títulos de filmes para português, é a situação "holywoodesca" que aparece num filme de cinema recente.

Estão certos indivíduos num carro e vê-se uma magnânima onda tsunami pela frente.

O condutor (preparem-se!), volta-se para os restantes e diz:

- AGARREM-SE!

...(????)...

Agarrem-se!?...Agarrem-se!?...

Os gajos estão prestes a ser engolidos, trucidados, esmagados pela força da água, para não mencionar os destroços, embates contra tudo e todos e ele diz "Agarrem-se!"!?

Agarrem-se a quê!? Ao puxador da porta!?

Já agora, ajuda se eu fechar o vidro da janela ou sustenho somente a respiração!? Fecho os olhos ou tapo o nariz!?...

 

Tão divertido como ser apanhado 41 vezes pela autoridade sem licença de condução, é ver o estado de conversação e entendimento entre as várias instituições, digamos responsáveis, de Portugal.

Por um lado temos escutas selectivas a chamadas em investigações que chegam a durar seis meses, por outro lado temos a falta de comunicação entre o Supremo Tribunal de Justiça e a Presidência da República.

Eu faço um apelo à Polícia Judiciária.

Há a possibilidade remota de emprestar um telefone a cada uma destas partes? Ou escutar uma parte e transmitir o recado à outra?...

 

Então, antes de irem selvaticamente espancar sebes de jardim, meditem nesta pertinente interrogação:

A que estaria eu sujeito, se não declarasse os meus rendimentos durante dez anos?

- Entregavam-me uma medalha de ouro e transportavam-me em ombros?

- Pediam-me um autógrafo?

- Davam-me a direcção de uma empresa pública?...

escrito por centrodasmarradas às 15:06 linque da crónica
16 de Novembro de 2009

...puxar a brisa à nossa sardinha...

 

Hoje é o Dia Nacional do Mar, meus fiéis.

Eu acho muito bem, muito sentimental, bastante português.

Mas da maneira que tem chovido, só espero que não chovam baleias...não sei se é pedir muito.

Resolvi fazer uma incursão até à beira-mar para ser bafejado pela sua brisa. Acabei também por levar com areia, um saco de plástico, um bocado de rede com uma bóia, salpicos de petróleo, uma descarga de uma sanita voadora (gaivota), uma Caravela Portuguesa que trazia uma alga como cachecol e o volume VI da Língua Portuguesa...

 

De coisas que, hipoteticamente podiam ser levadas por uma enchorrada até ao mar e tirando o mais óbvio, o que seria dispensável para vós?

- O SARAMAGO!

- Meninos, então!?

- JESUS!

- Mau!...o do futebol ou o do catolicismo?

- PODEM SER OS DOIS!?

- Acho que este exercício foi má ideia...

- O QUÊ? VAMOS TER UM EXAME!?

- Vá meninos, agora a sério.

- EU UMA VEZ, TIVE UM TIO QUE FOI LEVADO POR UMA CORRENTE NO RIO TEJO E DEPOIS, PASSADOS 20 ANOS, APARECEU NO RIO DE JANEIRO!

- Isso é patético.

- AH POIS, ELES ANDAM AÍ! ARREPENDEI-VOS! ARREPENDEI-VOS!

- Eu desisto...

 

Uma coisa que me faz tanta confusão como dinheiro de contas pessoais desaparecer sem deixar rasto e não se fazer nada para descobrir onde ele foi parar, é se o índice de criminalidade decresce quando chove?

Já não basta os dias serem cinzentos, a humidade do ar ser total, ter de andar a fugir da autoridade à chuva depois de atentar contra alguém e correr o risco de escorregar e partir a bacia, ainda se tem de viver na constante ansiedade de saber se amanhã faz ou não tempo de chuva.

Ser ladrão em tempo de chuva não deve ser nada fácil. E ainda mais difícil é, quando o acesso furtivo a caves de supermercado se faz através de janelas estreitas onde se pode correr o risco de ficar entalado...

 

Para acabar em esteada, gostava de deixar aqui um pequeno apontamento sujeito a prescrição médica. É adaptado de algo bastante popular, mas evitem cantar. Tem de ser declamado para se obter a essência:

 

Oh Rosa arredonda a saia,

oh Rosa arredonda-a bem.

Oh Rosa arredonda a saia,

quem dá mais por uma volta na Rosa, quem?

escrito por centrodasmarradas às 18:03 linque da crónica
14 de Novembro de 2009

...à noite, todos os gatos são parvos...

 

O que é uma 6ª Feira, 13?

Quais as maneiras de escapar a uma?

Qual a razão da sua ancestral existência?

A origem do medo e pânico associados?

Como lavar um vidro sem deixar dedadas?

 

Meus fiéis, é verdade.

Esta foi uma 6ª Feira que fez sentido. E porquê?

Porque para além de ser 6ª Feira, foi dia 13.

Tudo se conjugou, tudo bateu certo, chegadinho...bateu certo, chegadinho, óai...

Vamos por aqui mesmo e investigar como combater mitos, lendas e especulações.

Queiram deixar a plasticina e parar de soprar para as braçadeiras por um bocado e prestar atenção ao espaço:

COMO EVITAR O AZAR DE UMA 6ª FEIRA 13, DURANTE SEIS A OITO HORAS, COMO O EFEITO DE UM INALADOR NASAL?

 

Medida Primeira:

Arranjar algo para ocupar o tempo, de modo a não pensar em coisas fúteis.

(...)

E é basicamente isto. O azar de uma 6ª Feira 13, é basicamente uma coisa que colocaram nas vossas cabeças.

Não são necessários preparativos, entrar em pânico, provocar motins ou pilhagens.

 

Mas o que dizer de Sábado 14?

Nunca notaram nada diferente neste dia?

Alguma coisa fora do comum? Um espasmo muscular?

Nada!? Vêem como é discreto, o sacrista?

Aparece e desaparece com a maior das facilidades. E tudo no espaço de um dia!

Eu aguento bem a Sexta Feira 13, é do Sábado que eu tenho de temer pelo meu bem-estar!

Não é à toa que me encontro fechado dentro de um armário c/ um pacote de tostas e uma garrafa de chá tisanas, sempre que surge um Sábado 14. E daqui não saio enquanto não chegarem as 0 horas de Domingo 15!

Até lá, penso no que fazer do tempo livre que tenho.

 

Uma coisa em que penso ultimamente e que me dá tanta volta ao estômago como um veganiano quando come carne, é como deixei que acontecesse o facto de nunca ter tido conhecimento, de que os putos espanhóis fazem tanta birra (até ficarem azuis com a gritadeira), assim como os putos portugueses...talvez seja um mal ibérico.

 

Pensei em adoptar um corrupto pequenino já amanhã, mas eles são tantos. Como escolher?

Também não posso deixar ficar para muito depois porque, como se sabe, mal estes caem nas imagens da televisão, valorizam mais que uma APE 50 na província de Chhattisgarh na India.

Por falar neste erro monumental expulso das ciclovias, tenham conhecimento do quão difícil é apanhá-las na estrada e depois ter de retirar os resíduos deste corpo com uma espátula do pára-brisas e do pára-choques...

 

Para terminar melhor que a aterragem de um Antonov, digo-vos que comprei um cd de música clássica por 0,99€ com várias árias e ouvi durante a viagem de carro...E NÃO É QUE ESTA PORRA ACALMA MESMO!?...

escrito por centrodasmarradas às 23:35 linque da crónica
13 de Novembro de 2009

...quem vê caras, não vê apagões...

 

Portuguesas e portugueses, imigrantes e imigrantas (legais e assim-assim), apreciadores de burriés, homens de estiletes.

Bem-haja a todos.

 

Antes de mais e porque a estupidez...perdão, a época assim o obriga, acho que seria uma boa medida actualizar a expressão "quadra natalícia", para "bimestre natalício".

Tudo caminha para que Jesus (o da religião, não o do futebol), se veja em breve mais inchado que um Galo Selvagem Americano (Urophasianus do Centrocercus), a fazer a côrte à sua patroa.

Afinal de contas, não é qualquer um que tem a oportunidade de ter duas datas de aniversário:

- Pois é sr. Jesus, o sistema informático não aceita a sua data de nascimento.

- Mas como assim!? Experimentou 25 de Novembro!?

- E também 25 de Dezembro. Suspeito do ano de nascença...tem a certeza que é o ano 0!?

- O paizinho e a mãezinha não mentem...mas é preciso assim tanta burocracia para pôr um chip num burro e numa vaca!?

- Uuui! Nem queira saber o que tive de passar para pôr um em mim!

- Tem razão. Não quero...

 

Eu sou praça para admitir que não há nada como um bom e divertido momento bem disposto. Gosto tanto de me rir, como o sujeito ao lado de alguém que leva com a água de uma poça, quando um autocarro passa.

Eu já não me divirto tanto quanto me divertia antigamente, é verdade.

A última vez que me diverti, foi quando esmaguei acidentalmente a cabeça da falange do dedo médio da mão esquerda e tive de andar com uma tala incómoda...incómoda, mas foram os melhores 15 dias a viajar no trânsito que já tive...(suspiro)...

E já agora, o que é aquilo do pai natal estar com uma prancha de surf e fato de banho manga cava na publicidade!?

O VERÃO É NO HEMISFÉRIO SUL, VELHO SENIL!!! NÃO É ESTE!!! É O DE BAIXO!!!

 

Ao fazer uma rápida incursão pelo motor de busca, dei de caras com um pormenor que me chocou. Fiz marcha-a-trás e reparei que não me tinha enganado.

A partir de hoje, pensem duas vezes antes de dizer "és a minha musa!" à vossa mais que tudo...o nome científico da Bananeira é Musa Paradisiaca (a parte do Paradiasiaca, é um exemplo porque há muitas outras espécies), o que faz com que o seu fruto seja Musa sp..

Portanto, se não querem que a relação azede, sugiro que escolham outro eufemismo deprimente. Eu sou conservador, fico-me pelo clorofórmio ou uma moca, mas isso sou eu. Se disserem a alguém que fui eu que vos disse, eu nego tudo. É a minha palavra contra a vossa.

Por isso, juízo...

escrito por centrodasmarradas às 00:50 linque da crónica
11 de Novembro de 2009

...quem ri por último, é muito lento...

 

Bem-vindos á revigorante XI Descida da Folha d'Árvore Pela Água da Valeta de São Martinho, ou em inglês, XI Saint Little Martin's Descending Tree Leaf Competition Down the Water Ditch by Night on The Rocks Camon.

Este ano temos quatro participantes (menos um que o ano passado), e a novidade centra-se na mudança de folha pela parte do campeão da edição anterior. Irá concorrer com uma ágil e esguia folha de Olea Europea, ao invés da habitual e campeoníssima folha de Fragaria Vesca. Relembro o incidente que levou a esta mudança drástica, o episódio dantesco ocorrido entre treinos de preparação no Inverno, que levou a cinzas e escombros a penta-campeã folha de Fragaria Vesca.

De notar que esta é uma jogada de enorme risco e que poderá deitar tudo a perder.

Estamos só neste momento a aguardar a chuva que deve estar quase, quase a estoirar...é assim num desporto alternativo como este...deve estar para breve...bom, se calhar aproveitávamos uma pausa para publicidade, voltamos num abrir e fechar de molhos.

 

Li hoje num horóscopo algo tão contraditório, que me faz suspeitar a existência de esotéricos que fazem previsões através do sistema da bola mágica. Agita-se a bola e escreve-se a primeira frase, agita-se uma segunda vez e escreve-se a conclusão. Depois sai algo que parece ter feito sentido ao escrivão e que parece nem intrigar os que acreditam no que ele escreve. Se não, leiam:

 

"Parece que chovem bênçãos sobre si nestes dias! Aproveite a boa onda para resolver problemas.".

 

É impressão minha ou quem fez o horóscopo, quis brincar um bocadinho com os nativos deste signo em particular!?

Porque não colocou antes um texto mais directo como:

"Parece que chovem bênçãos sobre si nestes dias!...Ah! Isso é que era bom, não era? Estava a reinar consigo! Eu sou um grande maluco, não sou? Vá, levante-se lá da cama e aproveite a boa onda para resolver os problemas."...

Eu creio que ficava mais composto e não caía tanto no ridículo.

 

Cada vez me convenço mais de que Pinto Monteiro é o homem certo para o cargo errado.

Este, vou chamar-lhe Homo Bananus, continua a dar provas que é realmente muito bom mas para estar de manhã na caminha, ou então, numa loja antiga atrás de um balcão de madeira envernizada, a fazer uma publicidade a preto e branco, onde entrega um saquinho de rebuçados a uma menina com tótós:

- Aqui tensje os rebuchadinhos, minha menina. Agora portai-bos bem, ide directa para caja e obedecei a bossa mãezinha e paijinho, she não vem o Shupremo Tribunal de Chusticha e chupa-te o chérevro até ficares sem dizer coija com coija, como me aconteceu a mim.

- Chim, Mestre Monteiro. Muito agradechida. Até amanhã, se o bom Deus quijer.

 

E cá estamos novamente na cobertura da espectacular XI Descida da Folha d'Árvore Pela Água da Valeta de São Martinho, ou em inglês, XI Saint Little Martin's Descending Tree Leaf Competition Down the Water Ditch by Night on the Rocks Camon...

Pois é, pois é, a chuva...aproveito para relembrar quem ainda não se inscreveu no sorteio que está a decorrer um pouco por todo o recinto, para o fazer...eu acho que já não deve faltar muito para chover...

escrito por centrodasmarradas às 23:59 linque da crónica
11 de Novembro de 2009

...depois de casa rondada, trancas à porta...

 

Quem é capaz de dizer no seu perfeito juízo, que nunca comeu em excesso um prato gastronómico repleto de leguminosas ou derivados de cereais?

Quem é capaz de insinuar que posteriormente, não sofreu o incómodo da malfadada flatulência?

De jurar a pés juntos que nunca teve de conter a evacuação de um eminente e monumental ataque, quer por o local não ser o mais propício, quer por o local ser irritantemente silencioso?

Mas lá está. Quando surge uma aberta de feição para o prevaricador, uma hipótese irrecusável de soltar o demónio pestilento, não se olha para trás, nem se pede licença. É logo! E de seguida, este incontinente evade-se para um local mais arejado, mais limpo, menos comprometedor para o culpado, deixando para trás não um rasto de destruição massiva, mas um rasto capaz de fazer refém muitos suspeitos e por vezes, vítimas quase necessitadas de ajuda psicológica.

 

A flatulência, esmerados fiéis, está para o cólon, como o fenómeno atmosférico da trovoada está para a meteorologia...menos o cheiro nauseabundo.

Nas razões de culpabilização da flatulência, os derivados de cereais são sem dúvida, o meu infortúnio, o meu tormento. Noto mais este incómodo quando consumo massas como se não houvesse amanhã e depois, sofro as consequências exactamente no dia seguinte.

Começa com um ronronar em crescendo, depois um discreto ribombar nas paredes intestinais parecendo lembrar um grupo de Zés P'reiras dentro de uma cisterna vazia, segue-se a implícita actividade sísmica e, quando dou por mim, já é tarde demais para enviar os recomendáveis bifidus-activus em socorro da barriga inchada.

A partir daí, é sempre a descer. Conter ou soltar, eis a questão.

Aguentar as hostes em fúria aprisionadas no intestino ou abrir as comportas sem olhar a quem, mesmo que hajam reclamações, lágrimas e náuseas por parte de outros?

No horizonte, surge o alívio espelhado em algo que se pode assemelhar a um cogumelo originado por uma bomba atómica...

 

Já nos EUA ficou cientificamente mais que provado por uma mulher em Boston, que se estiver embriagado o suficiente, tem mais hipóteses de sobreviver a um ataque de uma composição de metro suburbano.

 

Julgo que brevemente, irá surgir uma nova gripe que irá fazer mais uma vez, as delícias das instituições farmacêuticas.

É que neste mesmo país cheio de oportunidades e de casos que não lembra a porra da sapatilha, há o primeiro caso registado de contágio por parte de humanos a um gatinho doméstico.

Já havia o caso de humanos a porcos que originou esta saga, agora humanos a gatos. Sinceramente, isto vai de uma maneira que qualquer dia, deixa de haver mercado para as telenovelas e passa a haver mercado para as notícias...até simpatizo com a ideia, agora que penso nisso...

E se me perguntarem qual o sintoma pandémico que gostaria de ver difundido por esta gripe utópica, aquele que demarcaria sem pestanejar, terei de dizer que seria sem dúvida, o cio.

Cada vez que imagino pessoas a subir aos telhados e a miar de desejo ao luar sem saber muito bem porquê...que fartote! Espero que as telhas aguentem.

escrito por centrodasmarradas às 00:06 linque da crónica
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Quando aparece o tipo a dizer porque é que a outra...
...a seu tempo, meu caro. A seu tempo...
...bem relevante!...e as garantias?...ningué...
Eu não sei se devemos dar dinheiro a esses tipos o...
1º Eu respondi a cena do ministro, queres a morada...
Eu juntava era esses criadores de dias mundiais e ...
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