...quem vê caras, não vê cotações...
Caros fiéis, ilustres ginetos, plateimintes de intestino.
Nesta longa viagem pelo deserto, não é difícil dar razão a um mosquito que se lança direito ao pára-brisas do nosso carro sem olhar para trás, somente porque sofre de depressão. Aliás, dar-lhe razão é a hipótese mais fácil, a hipótese que dá menos trabalho. Não é por ser o caminho mais curto, é sinceramente por o problema ser do mosquito e em nada interferir com a nossa vida, com o nosso bem-estar. Assim sendo, morre o mosquito por ser esse o seu desejo, o seu objectivo e nós seguimos sem peso na consciência, porque o estado emocional do insecto não nos diz respeito.
Ora o que é que eu quis dizer com isto? Limito-me simplesmente a provar a mim mesmo que só quando acabo de proferir as coisas que digo, é que vejo se faz sentido ou não.
Mudando de página assim como o Ministro da Administração Interna muda de peneira para tapar o sol, estava eu a entortar o bico a uma gaivota de forma a torná-la mais à semelhança de um abutre, quando fui presenteado com um enigma vindo da parte de um fiel. Reza o manuscrito trazido pela garrafa:
"tendo somente um burro como receptáculo, onde esconder um incendiário sem utilizar para o efeito, os orifícios do busto do jumento?"
Pertinente e oportuno enigma, mas deixo-o ao vosso critério...
Para acabar, sugiro que no próximo ano os nossos emigrantes tomem uma dose generosa de Vicodin antes de entrarem no nosso país e aos habitantes residentes a tempo inteiro, recomendo que não interrompam o tratamento e continuem com o dobro dessa dose.