...em Janeiro, uma torta por inteiro...
Eu realmente não percebo nada de concursos...
Então o Papa Bolo Rei teve 52,95% da votação, mas não sai!? Não era para ser expulso do Palácio, aquele que conseguisse mais rapidamente, ver-se livre das más acções!? Expliquem-me como se eu fosse de andar pelas ruas a distribuir panfletos de propaganda política a grupos de petizes que cantam as Janeiras. É que não entendo...
Eu fui exercer o meu dever cívico. Tomei um demorado banho de reflexão e, aproveitando o fresco cortante matinal, lá fui discreto. Afinal, quando se quer comemorar a abstenção no final do dia, há que evitar dar nas vistas. Levei o meu cartão de cidadão e o de eleitor (não fosse o Papa tecê-las), já que 42 mil eleitores não puderam usufruir do direito. Eu acredito que o Papa Bolo Rei quis que a diferença não fosse tão significativa e decidiu encurtar um pouco a distância para com os seus mais directos adversários...
Para terminar em jeito de Paulo Portas que invade um mercado municipal em busca de afecto por parte de estranhos (qual gato em plena noite sofrendo com o cio), devo dizer que quase senti uma certa comoção nas minhas glândulas lacrimais, quando ouvi os discursos dos candidatos vencidos. Mas depois lembrei-me que os altos cargos estatais de Portugal (sendo somente representativos ou não), são ocupados por corruptos e que o povinho (na sua grande maioria), prefere gastar dinheiro a votar num cromo para que este saia de um reality show, do que exercer um direito cívico. Após esta breve reflexão, senti-me logo melhor e pronto para ouvir as duas cópias das escutas a Sócrates que finalmente apareceram. Uma é um best of dos melhores momentos, a outra um Especial de Natal...
Concluindo e como provavelmente diriam os romanos:
"Lusitania formosis est. Fulcralis problemum, serum territorium repletus di lusitanus!"
(perdoem-me o meu latim enferrujado)