30 de Abril de 2011

...há males, que vêm por cem...

 

E todos os deputados do "hemicirco", comunhando em harmonia, realizavam todas as 6ª feiras espirituosos plenários que consistiam em batalhas de travesseiros estofados com cascalho. E o momento era de celebração e plenitude. E havia regozijo, satisfação no ar e sentido de justiça a cada impacto de travesseira...

 

O que me traz hoje aqui a esta manifestação de pólens de várias origens arborícolas, é o facto de uma só expressão poder fazer mossa em inúmeras situações.

"Cada um tem o que merece" é sem dúvida, o Aloe Vera das expressões. É prática, versátil e facilmente utilizada em qualquer ambiente que, já por elas são sensíveis e ás quais convém dar uma resposta merecedora de mérito e em que se possa sair sem constrangimentos, um ataque à base de pedras, pau de marmeleiro ou em desespero em tempo real, forquilhas pontiagudas...

 

Para demonstrar, tenham em conta a seguinte simulação fictícia para quem gostava de um sujeito ao acaso:

 

Indivíduo n.º1:

- Ontem faleceu o senhor Jesuíno, sabias?

Indivíduo n.º2:

- Cada um tem o que merece.

Indivíduo n.º1:

- Perdão!?

Indivíduo n.º2:

- Vai para junto de Deus vosso Senhor.

Indivíduo n.º1:

- Ah...

 

Agora nesta simulação fictícia para quem não gostava do tratante:

 

Indivíduo n.º1:

- Ontem faleceu o senhor Jesuíno, sabias?

Indivíduo n.º2:

- Cada um tem o que merece.

Indivíduo n.1:

- Perdão!?

Indivíduo n.2:

- O homem fartava-se de conduzir sobre o efeito do sono! Era vê-lo na estrada com o polegar na boca!

 

Como vêem, para o dia em que venha o juizo, esta é a expressão que julgo ser a indicada para ecoar por aí. Afinal, ninguém precisa de ficar magoado com o que cada um tem...

escrito por centrodasmarradas às 18:39 linque da crónica
23 de Abril de 2011

...quem quer ser tolo, não lhe veste a pele...

 

Ainda no outro dia, enquanto descascava batatas a bordo de uma traineira instável que rumava para ilhas equatoriais, vi algo semelhante ao penteado do Toni mas pós-ataque fulminante de parasitas capilares. Com a luz correcta e uma análise mais cuidada, tinha diante dos olhos um ornamento de parede feito com juta e sisal sujo de óleo queimado.

 

Mas nem tudo são situações deprimentes. Aqui no Centro também há espaço para situações de fazer franzir o sobrolho, partilha de disposição cubista e surreal de uma minoria portuguesa.

Não sei bem o que quis dizer com isto. De repente veio-me à memória o penteado do Toni e foi um passo para entretanto perder-me no contexto...adiante...

 

Tão certo como existirem produtos alucinogénicos nos principais palácios de Portugal, também isto da escrita é realmente do outro mundo. Como já disse uma vez enquanto pastoreava fronhas de pura lã virgem, é de ficar de "vaca aberta".

Eu considero a escrita como um mapa, uma orientação. E se tomarmos o sentido como lemos um texto aqui no Ocidente civilizado (da esquerda para a direita, para o povinho mais distraído), não é preciso muito para quase conseguirmos ver as setas de direcção.

Eu tremo só de pensar que este país começa a albergar povinho lerdo a mais. Tenham em consideração a expressão "ler nas entrelinhas". Eu imagino alguém voltado para uma estante livreira, assaltado por este dizer e de moeda em dedos, ser praça para esfregar dos livros todas as linhas vagas entre parágrafos.

Se alguém o fizer, oxalá não fique com calos nos dedos. Se ficar, que seja antes de lá chegar. O meu lado bondoso gosta de pensar que embora de forma singela, sempre mostra trabalho...

escrito por centrodasmarradas às 20:34 linque da crónica
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