...há males, que vêm por cem...
E todos os deputados do "hemicirco", comunhando em harmonia, realizavam todas as 6ª feiras espirituosos plenários que consistiam em batalhas de travesseiros estofados com cascalho. E o momento era de celebração e plenitude. E havia regozijo, satisfação no ar e sentido de justiça a cada impacto de travesseira...
O que me traz hoje aqui a esta manifestação de pólens de várias origens arborícolas, é o facto de uma só expressão poder fazer mossa em inúmeras situações.
"Cada um tem o que merece" é sem dúvida, o Aloe Vera das expressões. É prática, versátil e facilmente utilizada em qualquer ambiente que, já por elas são sensíveis e ás quais convém dar uma resposta merecedora de mérito e em que se possa sair sem constrangimentos, um ataque à base de pedras, pau de marmeleiro ou em desespero em tempo real, forquilhas pontiagudas...
Para demonstrar, tenham em conta a seguinte simulação fictícia para quem gostava de um sujeito ao acaso:
Indivíduo n.º1:
- Ontem faleceu o senhor Jesuíno, sabias?
Indivíduo n.º2:
- Cada um tem o que merece.
Indivíduo n.º1:
- Perdão!?
Indivíduo n.º2:
- Vai para junto de Deus vosso Senhor.
Indivíduo n.º1:
- Ah...
Agora nesta simulação fictícia para quem não gostava do tratante:
Indivíduo n.º1:
- Ontem faleceu o senhor Jesuíno, sabias?
Indivíduo n.º2:
- Cada um tem o que merece.
Indivíduo n.1:
- Perdão!?
Indivíduo n.2:
- O homem fartava-se de conduzir sobre o efeito do sono! Era vê-lo na estrada com o polegar na boca!
Como vêem, para o dia em que venha o juizo, esta é a expressão que julgo ser a indicada para ecoar por aí. Afinal, ninguém precisa de ficar magoado com o que cada um tem...