02 de Setembro de 2011

...quem bem começa, nem acaba...

 

Os piaçabas sempre detiveram o seu fascínio. Admiro-os muito. Se pudesse escolher, faria de um piaçaba um fantoche-árvore, talvez...

 

Depois deste momento de fresco matinal com aroma a pinho e para esquecer um pouco a realidade em que cada um vive, vamos cuspir para as mãos, esfregá-las bem uma na outra e empunhar o dito.

Ninguém gosta de exercer a função de um piaçaba. Se fosse uma pessoa a praticá-la, seria algo desumano. Como um piaçaba é um ser inanimado (a não ser quando lhe pegamos), a palavra desumano não se aplica. Seria um disparate. Mas dêem graças pela sua existência, porque antes o utensílio a "chafurdar" lá no fundo do que a mão. Um tal instrumento encorajado pelo nosso vigor que insiste na limpeza, é um pouco como a situação em que se encontra Portugal: quanto mais se pensa que chegámos ao fundo e não se pode descer mais, este vai e surpreende-nos completamente...

 

Apetece-me agora e não daqui a três quartos de hora questionar-me sobre a relação piaçaba/indivíduo.

Em que situação alguém priva com um piaçaba?

Será este ornamento alvo de apreciação em todos os círculos carismáticos? Quem o terá mais em conta?

Qualquer corriqueiro mortal deve seguir normas, rotina, estatutos, regras impostas ou postas pelos mesmos ou por terceiros sobre como e quando usá-lo.

Recorrendo a um basset hound com cio nas últimas, perito em beber da sanita e baseando-me no seu pensamento livre e muito descaramento carnal, resolvi escolher duas entidades com cargos que se fizeram e fazem respeitar e espreitar algumas linhas do seu protocolo.

 

Presidente da República:

"Um P. R. utiliza-o de acordo com alguém detentor de bons rins, isto é, logo ao cair da cama, a meio da manhã, após podar uma das árvores do jardim do Palácio (o acto propriamente dito deverá, quando oportuno, ser feito na mesma como marcação de território), depois do almoço, depois do chá desintoxicante das 5 e logo antes de deitar."

 

Primeiro Ministro:

"Devido a uma normal agenda atrofiante, o aparelho digestivo de um P. M. já deve estar desenhado para jamais responder ao "chamamento da natureza". O seu alto metabolismo assimila tudo e vai expelindo durante o dia através dos seus poros (em ligeiras e discretas porções), evitando assim perdas de tempo de maior, tendo desta forma oportunidade para utilizar esse período noutras deslocações que não à casa de banho. Um P. M. não se quer "cagão" e assim deverá permanecer."

 

Depois deste ensaio sobre o alívio, fechem os olhos e vão dormir ou estrumar um ser-vivo de grande porte, pouca diferença me faz...

escrito por centrodasmarradas às 00:28 linque da crónica
Setembro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
13
14
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
28
29
30
Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
os que venderam bem
6 comentários
4 comentários
4 comentários
4 comentários
3 comentários
2 comentários
mais sobre o espécime
saída de emergência
 
patacoadas
..ainda bem. Está na altura de trazer uma garrafa ...
Vinho é muito bom! concordo consigo :D
Esse reality show não teria grande sucesso, pois j...
...e será só ela, Rafeiro? Abraço...
Quando aparece o tipo a dizer porque é que a outra...
...a seu tempo, meu caro. A seu tempo...
...bem relevante!...e as garantias?...ningué...
Eu não sei se devemos dar dinheiro a esses tipos o...
1º Eu respondi a cena do ministro, queres a morada...
Eu juntava era esses criadores de dias mundiais e ...
blogs SAPO