26 de Novembro de 2011

...apanha-se mais depressa um mentiroso, que um mocho...

 

Mas o bem que se canta playback em Portugal! Já repararam?

Creio ser inclusive, o único país onde se poderia construir toda uma arte à volta do tema. Direi mesmo que deveria impor-se a obrigação aos canais generalistas, uma espécie de concurso para eleger o melhor de entre os dotados cantores playbackianos...

 

Por falar em querer ir mais além, eu sempre sonhei visitar a Grécia, mas não tinha dinheiro. Agora e com estas medidas de austeridade, vou tendo essa oportunidade sem sequer sair do país.

Eu creio no plano governamental. É ambicioso e irá proporcionar momentos singulares aos portugueses e portuguesas.

 

Nesta conversa toda sobre dinheiro, dívida e roupa suja, questiono-me se a maioria do povo vai aguentar-se por muito tempo a ouvir a palavra "sacrifícios", vendo uma subvencionista num lugar de destaque em plena Assembleia da República, com atributos desmesurados e algumas mordomias. E este é só um dos exemplos onde se deveria cortar e não se corta.

 

Falando em buracos, porque terá Saddam passado os seus últimos dias de liberdade num buraco com poucas condições e onde só dava mesmo para dormir, jogar xadrez a solo e fazer "fosquetas" em frente de um espelho 15x10?

Muita força de vontade ou pura necessidade?

Por obrigação ou medida drástica?

Longe disso. A resposta é bem mais complexa.

Desejo de ser Português!

O Português está habituado a viver com buracos, viver em buracos, criar buracos, abandonar buracos, alargar buracos, meter-se em buracos, esconder buracos, anunciar buracos, tapar buracos, apontar buracos, descrever buracos, cair em buracos, atribuir buracos.

Ser Português tem o que se lhe diga. Não é para qualquer um, acreditem.

Nem mesmo para o melhor dos melhores que canta só a mexer os lábios...

escrito por centrodasmarradas às 01:46 linque da crónica
14 de Novembro de 2011

...o saber, não usurpa lugar...

 

Há vinhos que são inspirados em lentes de óculos graduados. São muito fortes...

Eu gosto de vinho e isso alegra-me.

É que mesmo desconfiando dos taninos que participam na criação e não ficam trôpegos, reconheço a capacidade de tal profissionalismo, ao qual nem o mais abstémico dos mosquitos pode ficar alheio...

 

O vinho continua com uma taxa de 6 % de I.V.A..

Creio ser de todo o mérito e justiça que assim se continue a proceder. Por uma razão. Ora atendam a este exercício de raciocínio:

As pessoas bebem leite no decurso das suas vidas? Bebem.

As vacas que dão leite, bebem-no no decurso das suas? Também.

As pessoas bebem vinho no decurso das suas vidas? Sim.

As vacas que dão leite, bebem-no no decurso das suas? Nem pinga!

Podem constatar nesta minha brilhante conclusão que é aqui que a vaca tosse e que fica provado por A mais B a estratégica desleal por parte destas, para que o seu produto seja mais consumido que o produto do esforço de um produtor vitivinícola.

Digo mais! Não me admira nada que a vaca dos chocolates dos Alpes suíços tenha conhecimento disto e aja como se nada fosse, ou diga que "é dada demasiada relevância ao assunto"! Afinal de contas, o negócio do leite e do chocolate sempre andaram de mãos dadas...

 

Para finalizar ao som de uma rolha de cortiça portuguesa a sair de um gargalo, deixo-vos com duas coisas que apesar de termos consciência de serem praticamente impossíveis de alcançar, acreditamos na sua concretização:

- o nosso carro cuja potência jamais alcançará a velocidade marcada no velocímetro, mas acreditamos conseguir um dia;

- televisões com 9999 canais para preencher...

escrito por centrodasmarradas às 15:30 linque da crónica
10 de Novembro de 2011

...agente só aprende, quando é tarde demais...

 


Onde nos havemos de esconder quando não queremos ou quando já fomos suficientemente importunados?

Onde estar sem ser olhado ou observado, podendo ficar totalmente absorvido na realização de uma boa defesa?

O mar continua a falar de boca cheia enquanto enrola na areia?

 

Quando se faz algo não tolerado por muitos, é considerado mau. Quando se é descoberto, pior ainda. Vejam o exemplo do Dr. Duarte Lima. Terá sido ou não?

A vergonha de se ser apanhado, é capaz de fazer corar o rabo de um babuíno. Eu nunca dei motivos para ser apanhado. Aliás, faço sempre questão de sair antes disso.

Para que algo de inesperado não vos aconteça no decorrer da leitura desta crónica, escolhi exemplos demonstrativos de todo este contexto e que nunca se irão passar convosco, desde que tomem providências (note-se que nada disto me aconteceu. São exemplos retirados de experiências fictícias, filmes de classe B e fotonovelas da década de 80):

Exemplo 1: Numa casa de banho, há-de ser a colaboradora de uma empresa de limpeza a apelar aos serviços de um padre, a fim de exorcizar o cheiro que lá ficou depois de a utilizarmos;

Exemplo 2: Num transporte público, há-de ser sempre notório quando adormecermos sem dar por tal e ressonarmos qualquer coisa semelhante a típicos chamamentos para acasalamento do reino animal;

Exemplo 3: Hão-de forçosamente reconhecer-nos quando, em dado requintado momento, flatolamos com algum ruído num café, mesmo na altura em que tudo e todos se calam;

 

Casos superficiais, se comparados com a prática da vigarice.

O que um homem se perde a rir por uma boa vigarice (desde que ele não seja o alvo). É como uma partida.

Ainda há-de vir o dia em que terei jeito para uma boa vigarice e ser apontado por uma que seja. Eu sou praticamente um santo! Estou até um pouco mais acima do Dr. Duarte Lima, no que diz respeito a este ponto.

E quanto a ele, uma boa hipótese de talvez não ser apontado, é fazer-se passar por um "sem-abrigo". Mesmo passando ao lado deles, nunca ninguém nota a sua presença...

escrito por centrodasmarradas às 19:27 linque da crónica
01 de Novembro de 2011

...o bom filho, à casa morna...

 

A chuva quando vem assim rara, é para todos. Mas não só se torna uma tortura para qualquer pequeno escaravelho que tenta fazer o seu caminho para casa, como também torna deficiente a trajectória aérea das vassouras, quando alguém quer ver-se livre de putos gulosos, com fatos aparvalhados.

Mas isso não é vergonhoso. Vergonhoso é este tipo de chuva não lavar convenientemente a lona do pneu suplente do meu carro...

 

Quem teme pelo seu património, deveria começar por considerar as abóboras como uma solução para evitar que a casa seja assaltada por um meliante, que escolhe invadi-la pelo quintal. A coberto da noite, a abóbora torna-se a solução acertada na amostra gratuita de um inesperado tombo ao incauto ladrão, que não conta com a sua presença dissimulada na morfologia do terreno.

Mas se o descontraído residente não teme a ladroagem que pode surgir pelas suas traseiras, transformar a entrada como se de um hospício se tratasse, também não é a decisão mais correcta. Se um psicopata se embrenhar no espírito fantasmagórico e decidir espetar objectos contundentes nos corpos desta família relaxada (em directo do alpendre e à vista de todos), os vizinhos irão achar uma situação perfeitamente normal já que graças a um teatro proporcionado de caveiras e abóboras decepadas, com luzinhas e velas mórbidas, alguns vultos a espetar e a serem espetados, não passarão decerto por algo insólito e anormal.

A abóbora, meus frenéticos absorventes de consumismo e pseudo-tradições alheias, merece continuar com o seu lugar permanente no quintal, zelando pela horta e família séria de acolhimento. E por vezes na sopa, mas só quando se trata de um tributo ou homenagem sentida...

escrito por centrodasmarradas às 16:47 linque da crónica
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