...se eu tocar aqui, dói?...
Depois de me esforçar tanto quanto se esforçou Manuela Ferreira Leite ao tentar esboçar um sorriso para o "outdoor" de campanha, quase consegui ver boas intenções na bancada dos contra no programa "Prós e Contras" da RTP1, ao tentarem "convidar" o Dr. Marinho Pinto a sair do lugar de Bastonário...
Tentei, juro que tentei. Houve esforço da minha parte.
Mas porquê "convidar" a sair um Bastonário que, finalmente, anda a falar a verdade ou, como diz José Pedro Gomes, a "coçar onde é preciso"!?
Queres ver que o homem anda a estragar o negócio a alguém!?
Queres ver que o homem foi democraticamente eleito por pessoas com peso na consciência!?
Queres ver que o homem está na profissão errada!?
Queres ver que o homem é a personificação de "uma verdade inconveniente" para alguns "lobbies" da advocacia!?
Sorrio quando ouço "pepinos-do-mar" dizer que faz falta um Salazar...
Penso para mim "perdoai-lhes Senhor, pois não sabem o que dizem".
Se todas as pessoas que dizem ou pensam assim (incluindo os que viveram nessa altura), fossem seriamente torturadas à boa maneira da P.I.D.E., de certeza que, no dia seguinte, ou queriam repetir a experiência por se acharem masoquistas a viver há muito no armário ou então, jamais em tempo algum, iriam querer ouvir outra vez a palavra "jambé" ou usar umas calcinhas "à chapitô" na vida deles.
Vamos falar de outras coisas que continuam a deixar alguma impressão?
Quando vamos a conduzir, serão os quinze minutos de publicidade/jingles de estação das rádios que ocupam a totalidade do percurso de viagem que nos incomodam, ou será aquela pedra que não tirámos do calçado quando tivemos oportunidade para tal?
O que é que quis dizer com isto?
Muita coisa, nada e tudo ao mesmo tempo.
Ou seja, há-de servir tanto para o vosso esclarecimento, assim como o Dr. Rogério Alves (ex-bastonário), serve para a sua própria consciência.
Mudando de assunto como quem muda de opinião jurídica, olhem para a campanha das eleições europeias e vejam o que mudou no discurso e na maneira de fazer política em Portugal, desde o primeiro 25 de Abril.
Francamente, se eu fosse filho ou pai de qualquer um destes mandatários partidários, exigia que uma mãe russa alcoólica, me levasse contra a sua vontade para a sua aldeia natal e me batesse, em directo para os quatro canais de televisão pública portuguesa, de tal maneira, que a classe jurídica rangesse os dentes e andasse numa nervosa rotina casa de banho-cama/cama-casa de banho.
Ser em directo nos quatro canais públicos portugueses é bastante credível porque, se é credível com o futebol e com a religião favorita deste país laico, também é credível em plena febre de época de eleições.
E por falar em granito, sabem do que são feitas as pedras do rio com que se derruba uma gaivota que voa jocosamente, enquanto imita um despertador?