...é para encher...
Boas novas para o império, meus fiéis! Rejubilem! Ergam vossas canecas! Dias Loureiro, após ler as minhas reivindicações, caiu em si e demitiu-se do cargo! Agradeçam simplesmente, presenteando-me com uma habitação nas Berlengas e não se fala mais nisso. Na Grã-Bretanha, a moda de colocar nomes portugueses a sítios anglo-saxónicos diversos, vai em crescente.
Depois de ponderação cuidada, uma sondagem e um referendo, vários consórcios britânicos reuniram-se e, entre uma caixa de doze garrafas de whisky de Sacavém, duas embalagens e meia de pevides, quatro maços de Português Suave e chá à discrição, decidiram que faz todo o sentido mudar para tornar mais apelativo, nomes já existentes que perdem muito significado e são de difícil compreensão (se colocados na língua nativa).
Assim, muito em breve, nomes como Harrods, Piccadilly Circus, Strawberry Fields e Hide Park, passarão a chamar-se A Rodos, Circo do Picadilho, Campos de Morango e Parque das Escondidas, respectivamente.
Portugal, país soberano, não tem por tradição colocar denominações anglo-saxónicas, nem sei se ficaria bem tê-las...
Notem, por exemplo, Porto Livre passar a chamar-se Freeport. Ou o nome do oceanário do Porto, Vida Marinha, passar a ser Sea Life...fica a faltar um bocadinho de sal, percebem?...
As boas notícias não acabam por aqui.
Enquanto exorcizava o meu nariz a expulsar o muco que, teimosamente insistia em permanecer confinado ao espaço do septo nasal, os meus olhos e ouvidos estavam atentos a outra coisa.
O laboratório Sirtris anda numa roda viva, desdobrando-se em testes que envolvem o aperfeiçoamento de um comprimido que contém resveratrol.
Poderá alguém neste momento, sentado numa latrina a ler este "post", indagar:
"e o que é que isso contribui para a minha felicidade!?"
Eu respondo, ignorando a arrogância da pergunta, perdoando a estupidez desnaturada e ignorância feliz do defecador.
Ora se eu disser que, grosso modo, a investigação é baseada no apuramento deste antioxidante benéfico contido na casca da uva.
Que o vinho é fermentado juntamente com as cascas da uva, daí que o resveratrol permaneça (especialmente no caso do vinho tinto).
Que este antioxidante crê-se poder despertar o gene da longevidade, faz reduzir os sintomas de doenças que poderão surgir com a idade, prevenção do cancro, da diabetes, protecção do coração e do cérebro de acidentes relacionados com estes, etc, aí já desperta o vosso palato, notam logo o aroma a frutos silvestres e reconhecem o envelhecimento em carvalho francês, não é?
Mas a minha curiosidade vai totalmente, não para este medicamento (ainda em testes), mas sim, para o seu hipotético genérico que há-de ser proporcionado aos utentes.
Uma solução que me ocorre para um genérico bastante económico a este medicamento, é um garrafão de cinco litros de bom palheto...talvez, não sei...
Um assunto que, provavelmente, merecia o cuidado da Jarda Escócia.