...a divagar, se vai ao longe...
Antes que comecem a fazer apostas em qual dos actores vai convencer a audiência de que é o melhor a cuspir mais longe, sejam bem-aparecidos ao leito generoso deste rio de alento.
Correndo o risco de, baseando-me na ideologia política, ser acusado de lançar a foice em partido alheio, vou arriscar no próximo parágrafo como um político arriscaria uma travessia num rio infestado de piranhas, só para provar que fala a verdade.
O senhor Manuel Rocha da C.D.U. Coimbra está a ser muito subaproveitado no seu partido. Existe ali um potencial enorme, se não mesmo um diamante em bruto por lapidar.
Pronto, está dito e passo já a explicar o meu ponto de vista.
Quando confrontado com o lindo serviço feito nas Escadas Monumentais em Coimbra, lembrou-se de hastear a bandeira do direito à liberdade de expressão conquistado no 25 de Abril. Mas não se deixou ficar por aí. Empolgado com a sua legítima justificação e segundo o próprio, "a tinta sairá facilmente com as primeiras chuvas".
Mas para provar que acabado de ouvir estas palavras, o meu cepticismo era na altura inferior ao de Durão Barroso aquando do seu "pré-abandono" do país, escrevi em papelinhos várias razões que pudessem justificar a escolha destes fundamentos apresentados pelo dito senhor Manuel. Lancei os papelinhos a um alguidar contendo água e azeite e três corajosos mantiveram-se à tona, os quais transcrevo o que diziam:
- O senhor Manuel é um/cinquentavos Sioux ou Apache e sabe fazer a dança da chuva;
- A Coligação (após o conhecimento dos resultados do acto eleitoral), virá para as escadas monumentais expressar a sua frustração em prantos;
- Vai vir charters de "primeiras chuvas" já este Verão, directamente do Hemisfério Sul;
Ora hoje, choveu para os meus lados e devo reconhecer que foi "escardoça" da dura e de se lhe tirar o chapéu.
Não sei dizer se terá sido graças ao senhor Manuel Rocha, se graças ao bom Deus vosso Senhor que preza pelo respeito e humildade.
Agora se me dão licença de comandar submarinos, vou até uma sede da C.D.U. pintar "VIVA EU!" nas paredes. É perfeitamente legítimo...