...quem corre por gosto, não dança...
"Por mais que limpes teias de aranha de tua casa, elas acabam por voltar a aparecer".
Depois deste conselho budista ao estilo filosofia doméstica, vamos em pé coxinho até ao sofá.
Enquanto decidimos numa manhã se nos devemos espreguiçar primeiro que o gato, um cientista enclausurado num laboratório, com ambiente de laboratório, com coisas de laboratório e toalhetes higiénicos testados em laboratório, decide qual o dia mais em conta para ser celebrado o Dia Mundial da Linha Longitudinal Descontínua de Carácter Temporário.
Mas ao comum dos mortais não lhe passa pela cabeça o protocolo e todo o caminho percorrido, até que a celebração veja a luz do dia. A mim também não e apenas me resta especular.
Eu creio existirem duas maneiras de se decidir um bom dia para homenagear algo que preenche o nosso dia-a-dia. A primeira consiste numa reunião entre cientistas, a ter lugar num café holandês onde se comercializam bolinhos de chocolate e especiarias bem dispostas que fazem rir. A segunda é por sistema de sondagem telefónica a lares de famílias que jantam pelas 19h35m.
Para haver um equilíbrio harmonioso na atribuição dos dias festivos, dá-se "uma no cravo, outra na ferradura", ou seja, ao Dia Mundial da Linha Longitudinal Descontínua de Carácter Temporário segue-se a partir da meia-noite do dia seguinte, o Dia Mundial da Linha Longitudinal Descontínua de Carácter Definitivo.
Como podem constatar, haverão sempre aspectos importantes a ter em conta na vida, mesmo que estas não venham com um lacinho a enfeitar...