...quem não vem mal nem bem, não é ninguém...
Cada vez são menores as probabilidades de D. Sebastião surgir do meio do nevoeiro. Digo isto porque, até agora, nenhuma aparição.
Mas o que é o nevoeiro e porque razão dificulta quem quer avistar pessoas desaparecidas há séculos? Esta é a incógnita...
Não é à toa que se atribui misticismo, mistério e superstição ao nevoeiro. A primeira porque sim, a segunda porque faz todo o sentido e a terceira porque fica sempre bem.
Quando contemplamos uma paisagem e gradualmente esta se torna difícil de se ver (à medida que os nossos olhos viajam para o horizonte), os entendidos variam no significado de tal fenómeno. Uns inclinam-se mais para a falta de visão, outros para o cerne desta crónica. Eu não me inclino para lado nenhum porque não me quero chatear com ninguém.
Existem vários tipos de nevoeiro:
- Nevoeiro nocturno;
- Nevoeiro diurno;
- Nevoeiro assim-assim;
- Nevoeiro estúpido;
Apesar de o último ser o mais visto, o nocturno e o diurno são os que mais facilmente se identificam.
O nocturno porque não deixa passar a luz na sua totalidade e o diurno porque esconde o que não interessa.
Poderão dizer que oculta também o que interessa, mas eu respondo que foi para isso mesmo que (apesar de Deus Vosso Senhor ter criado os gostos variados e a escolha múltipla), criou o nevoeiro que é como um trunfo e arruma logo o jogo. Ninguém quando cercado por ele, pode afirmar que o bonito é bonito ou o feio é feio, porque o nevoeiro cobre.
E por falar em cobrição, lembrem-se que além dele, também há touros. Por isso não se inclinem...mesmo que o touro diga ser um grande amigo de El-Rei D. Sebastião...